O depoimento da ministra Marina Silva no Senado Federal nesta semana foi mais do que uma audiência institucional: foi um ato de resistência.
Atacada de forma machista e desrespeitosa por senadores da direita, como Marcos Rogério (PL-RO) e Plínio Valério (PSDB-AM), a ministra respondeu com firmeza, coragem e dignidade, denunciando a violência política de gênero que ainda permeia a política brasileira.
Marina, mulher preta, de origem humilde, de uma região mais pobre do pais e reconhecida mundialmente por sua luta ambiental, foi interrompida e atacada por parlamentares que representam grupos econômicos interessados em desmontar a legislação ambiental brasileira.
No entanto, como ela mesma afirmou, sua história já está garantida no registro da política internacional.
O Comitê Popular de Luta em Defesa da Caixa se solidariza com Marina Silva e repudia toda forma de violência contra mulheres que ousam ocupar o espaço público.
Saiba mais – O episódio foi tema do podcast Fora do SIPON, produzido por integrantes da Caixa, que destacou também como parte da mídia preferiu focar no comportamento da ministra e não no verdadeiro problema: o avanço da destruição ambiental no Congresso.
Num ano que antecede as eleições municipais, o episódio também é um alerta: precisamos eleger representantes comprometidos com o povo, com o meio ambiente e com a democracia.
Como disse Marina, governar é pensar num projeto de país a longo prazo — e não só nas próximas eleições.