CAIXA, um bem público na vida das pessoas.

NOTA EM DEFESA DA CONTAG E CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

O Comitê Popular de Luta em Defesa da Caixa manifesta seu apoio à Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG), entidade histórica na defesa da agricultura familiar e da cidadania no campo brasileiro. Diante das recentes tentativas de setores da oposição e de parte da imprensa de criminalizar movimentos sociais por supostas fraudes em empréstimos consignados do INSS, reafirmamos a necessidade de respeito à verdade e à democracia.

As irregularidades atualmente em apuração têm origem ainda no governo Bolsonaro, quando foram adotadas políticas de desregulamentação e ampliação descontrolada do crédito consignado, sem garantias adequadas aos beneficiários da Previdência Social, especialmente os mais vulneráveis. Não é coincidência que os problemas tenham se agravado no mesmo período em que grandes bancos e financeiras ampliaram sua atuação, em muitos casos com métodos agressivos de captação de clientes.

A CONTAG, ao contrário do que se tenta insinuar, atua na defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do campo. Em nota pública, a entidade afirmou com clareza que “as organizações sindicais não são responsáveis pela operacionalização dos contratos” e que “a CONTAG não tem qualquer ingerência sobre a contratação de crédito consignado, muito menos sobre as análises, aprovações e liberação de recursos”. Reforçou ainda que sempre atuou de forma transparente, com foco na orientação e na proteção de seus associados.

Repudiamos veementemente qualquer tentativa de transformar entidades representativas da sociedade civil em alvo de perseguição política ou midiática. Defender os movimentos sociais é defender a democracia. São eles que garantem voz e vez aos que historicamente foram excluídos das decisões do Estado.

Reafirmamos também a importância da apuração rigorosa dos fatos. Os responsáveis por fraudes devem ser identificados e punidos, e as vítimas, reparadas com urgência. O governo federal tem dado sinais claros de que não compactua com desvios e já iniciou ações para corrigir distorções, punir os envolvidos e proteger os direitos dos beneficiários.

Seguiremos atentos e mobilizados, em defesa da Caixa enquanto banco público do povo brasileiro, da Previdência Social como instrumento de justiça e proteção, e dos movimentos sociais como pilares da democracia popular.

Não aceitaremos retrocessos. Nem calúnias. Nem perseguições.

Comitê Popular de Luta em Defesa da Caixa