CAIXA, um bem público na vida das pessoas.

Privatizações prejudicam estado e população e beneficiam escolhidos

Imagem: Governo do Estado de São Paulo

O editorial da Folha de S. Paulo publicado em 25/08, defendendo a privatização da Petrobras, Caixa e Banco do Brasil, denuncia a ideia que a direita tem para o Brasil. O que não fica claro é quem lucra com a venda das estatais que atendem com excelência ao Brasil e aos brasileiros.

Neste sentido, a recente privatização da SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) é um exemplo perfeito sobre quem ganha com as privatizações. 

 

A absurda privatização da Sabesp

No último dia 23 de julho foi concluída a venda de 32% da Sabesp. As ações foram ofertadas na Ibovespa por um preço 10,6% menor do que o valor real da empresa, conforme aponta o economista e deputado federal Carlos Zarattini.

O deputado ainda denuncia que para cumprir a promessa de reduzir as tarifas para os 28 milhões de clientes, Tarcísio de Freitas usará os recursos obtidos com a privatização para controlar os preços das tarifas. 

Ou seja, o estado foi lesado pelo menos duas vezes: pela venda da empresa por um preço menor do que o prometido e utilizando recursos próprios para a manutenção de uma tarifa pagável para a população.

Mas, não é só isso, em relação à população a situação é ainda mais grave. A compradora da SABESP foi a Equatorial, o grupo que deixou o estado do Amapá sem energia elétrica por quase um mês. Ainda antes da conclusão da privatização da SABESP, a Equatorial já havia apresentado aos seus investidores um planejamento de gestão que previa o corte de funcionários. Ou seja, é provável que a população de São Paulo conheça um colapso de dimensões inimagináveis.

 

Perde o estado, perde a população, ganha a candidatura do atual prefeito Ricardo Nunes

Menos de um mês após a privatização, a SABESP anunciou uma antecipação de recursos no valor de R$2,2 bilhões à prefeitura de São Paulo, comandada por Ricardo Nunes, candidato de Bolsonaro à reeleição na capital. 

O valor, que deveria ser repassado entre os anos de 2025 e 2029 caiu no colo do candidato como um presente para realizar no ocaso de sua gestão, melhorias, obras e ações que não realizou nos três anos que comandou a cidade. Um presente de pai pra filho, ou nesse caso, de bolsonarista pra bolsonarista.

A dinâmica adotada por Tarcísio na venda da SABESP é a mesma utilizada em outras privatizações. Anuncia-se um “negócio da China”, vende-se às empresas públicas a preço de banana, perde o estado e a população, lucram os investidores e os políticos que não têm compromisso com o estado e com a população.