O editorial da Folha de S. Paulo publicado neste domingo, defendendo a privatização da Petrobras, Caixa e Banco do Brasil, é um claro exemplo de desinformação a serviço de interesses que não representam o povo brasileiro
É a expressão mais atrasada e subalterna de um capitalismo periférico.
Ao afirmar que a privatização dessas empresas é o próximo “tabu” a ser derrubado, o jornal ignora deliberadamente o impacto positivo e estratégico que essas estatais têm para o desenvolvimento do país e o bem-estar da população.
As estatais brasileiras, especialmente Petrobras, Banco do Brasil e Caixa, desempenham um papel crucial na economia nacional. Em 2023, essas três empresas juntas geraram um lucro de R$ 170 bilhões, dos quais R$ 49 bilhões foram destinados à União na forma de dividendos e participações. Esses números desmontam a narrativa falaciosa de que as estatais são “custosamente mantidas” pelo Estado. Pelo contrário, elas são fontes vitais de receita para o país, contribuindo diretamente para políticas públicas e programas sociais que beneficiam milhões de brasileiros.
A Folha tenta reescrever a história ao afirmar que as privatizações passadas foram um sucesso inquestionável, ignorando os escândalos e problemas resultantes, como o subfaturamento da Vale, a má gestão da Eletrobrás e a agora questionável privatização da Sabesp. As consequências desastrosas da privatização de setores essenciais como energia e telefonia são bem conhecidas: serviços precarizados, tarifas abusivas e falta de investimento em áreas menos lucrativas, como o Norte e Nordeste do Brasil.
É importante destacar que a defesa dessas estatais não se baseia em “pretextos nacionalistas”, como a Folha sugere, mas em um compromisso real com a soberania nacional e a proteção dos interesses do povo brasileiro. Em um contexto de crescente desigualdade, as estatais são ferramentas essenciais para garantir que os recursos do país sejam utilizados para o benefício de todos, e não apenas para o lucro de poucos.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou de forma contundente que o editorial da Folha escancara a cobiça privatista em um “editorial desavergonhado”. Ela ressalta que a entrega dessas empresas estratégicas não passa de um entreguismo a serviço dos interesses de poucos, desprezando o bom-senso e a verdadeira função social que essas empresas desempenham.
Enquanto o jornal Folha de S. Paulo insiste em defender interesses privatistas, nós reafirmamos nosso compromisso com a defesa de uma Caixa Econômica Federal, de uma Petrobras e de um Banco do Brasil públicos, fortes e voltados para o desenvolvimento social e econômico do Brasil. Não desistiremos de lutar contra o uso dessas estatais como moeda de troca política e continuaremos fiscalizando e resistindo contra qualquer tentativa de privatização.
Essas empresas não são apenas lucrativas; elas são fundamentais para garantir que o Brasil continue a ser um país soberano, capaz de usar seus recursos para o bem de toda a população. O entreguismo de setores da mídia não nos intimidará. Vamos continuar a lutar pelo que é nosso, pelo que é do Brasil.