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Orgulho LGBTQIA+: Banco do Brasil dá o exemplo de inclusão que a Caixa deveria seguir

Orgulho LGBTQIA+: Banco do Brasil dá o exemplo de inclusão que a Caixa deveria seguir

Diversidade, equidade e inclusão, é sobre esses três pilares que o Banco do Brasil assenta seu programa de respeito aos funcionários que fazem parte da sigla LGBTQIA+. Ou seja, empregados e empregadas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersexuais, assexuais e de outras orientações afetivas são amparados por um sistema interno que mostra o compromisso do banco público com a promoção e o respeito à diversidade. 

Já na Caixa, a valorização da diferença e o respeito às empregadas, empregados e clientes LGBTQIA+ não estão no foco da atual gestão. Situação comprovada pela falta de anúncios públicos sobre a temática desde 28 de julho de 2023, data das últimas notícias. Na época, a então presidenta Rita Serrano anunciou, durante cerimônia na Caixa Cultural o lançamento do Programa de Diversidade e Inclusão e de um guia com diretrizes e ações previstas.

O Comitê realizou uma pesquisa sobre novos anúncios e iniciativas da Caixa, porém desde esse último anúncio não foram localizados resultados, a não ser uma postagem celebrando o Dia do Orgulho LGBTQIA+ nas redes sociais. Também foi realizado contato com a Caixa e, até o momento, não obtivemos resposta. O espaço segue aberto.

Nome social e pronomes, acolhimento às pessoas transgêneras 

Com base no reconhecimento e valorização da diversidade, o BB busca promover a equidade. Um sistema no qual não não se busca apagar as diferenças, mas trabalhar com elas fazendo com que não sejam motivo para discriminação e nem empecilhos para a progressão de carreira ou promoções. 

Transgêneros e travestis, por exemplo, enfrentam uma luta ainda maior por reconhecimento. A reafirmação do seu nome e seus pronomes no trabalho, na escola e em toda a sociedade, acabam se transformando em palco para a transfobia. 

Com ou sem modificações corporais, pessoas que não se identificam com o gênero com qual nasceram devem ser respeitadas e chamadas pelo nome que escolheram, o nome social.  

Para colaborar com essa luta, o BB instituiu que os crachás funcionais terão o nome social escolhido pelo funcionário, garantindo ainda para que colegas e o público respeitem a escolha do empregado. 

Os ganhos que a diversidade traz

Além dos funcionários LGBTQIA+, o programa de diversidade do Banco do Brasil abarca funcionários de outras minorias que sofrem discriminação na sociedade: idosos, pessoas com deficiência, neurodivergentes, mulheres, negros e indígenas. 

E o respeito a essas condições reverbera positivamente nas equipes e até no faturamento da empresa. De acordo com estudo da consultoria McKinsey & Company, empresas com equipes executivas diversificadas etnicamente tem a probabilidade de superar a performance esperada 36% maior.

No mesmo sentido, uma pesquisa da Harvard Business Review  mostra que as empresas que promovem e respeitam a diversidade tem maior comprometimento dos seus empregados, com 17% dos funcionários dispostos a trabalhar além do seu escopo.

Iniciativas palpáveis

O discurso da instituição é acompanhado de práticas que reforçam o respeito aos funcionários LGBTQIA: 

  • Inclusão de dependentes no plano de saúde do BB, a CASSI;
  • Normatização da inclusão de companheiros homoafetivos  na previdência dos empregados do BB, a PREVI;
  • Direito à licença parental para casais homoafetivos que tiverem filhos;
  • Uso do nome social por pessoas transgêneros em documentos de identificação funcional, cartões de visitas e no cadastro;
  • Respeito ao nome social dos clientes com base nos dados da Receita Federal;
  • Manutenção do Comitê Executivo de Pessoas, Equidade e Diversidade (Cped) para acompanhar e deliberar sobre ações de diversidade;
  • Realização de eventos sobre planejamento financeiro e qualidade de vida focados na comunidade;
  • Lançamento do Cartão Ourocard Orgulho, com doações para a Casa 1;
  • Adesão aos Padrões de Conduta da ONU para Empresas;
  • Revisão da Política de Indicação e Sucessão de Administradores para incluir critérios ASG, exigindo ao menos 30% de mulheres e 20% de PCDs, negros, indígenas e LGBTQIAPN+ na diretoria executiva até 2027. 

É importante lembrar que, desde 2016 com o golpe que destituiu a presidenta Dilma, praticamente cessaram as políticas públicas de inclusão LGBTQIA+. Em 2022 com a vitória de Lula, a maioria da sociedade brasileira fez a sua opção pelo retorno de um governo popular, progressista e aguarda que as instituições públicas que acompanham a jornada do trabalhador brasileiro façam o mesmo.