Dados da Ouvidoria da Caixa mostram que, em 2024, os financiamentos habitacionais lideram o número de reclamações de clientes e de infrações no Bacen: houve um dia nessa semana que foram 269 reclamações somente no SAC. Habitação também lidera em reclamações em segunda instância (Bacen, Procon e Ouvidoria), com mais de 15% de todas as reclamações formalizadas contra o banco. Um recorte de sete dias apontou quase 1.700 reclamações em todos os níveis. Nesse ritmo, são 6.800, em média, por mês.
Como será quando começar, para valer, o Novo Minha Casa Minha Vida?
O Novo Minha Casa Minha Vida, que teve a Lei sancionada pelo Congresso Nacional em 13/06/2023 não entregou praticamente nenhuma casa nova dos empreendimentos para as faixas menores do programa e das entidades. O desafio é grande: contratar dois milhões de novas unidades até 2026
A Teia de Aranha da Transformação Digital
Já estamos praticamente em junho e o projeto de Transformação Digital da Caixa ainda não apresentou nenhuma entrega relevante na mão do cliente. Milhares de empregados do banco foram deslocados de suas unidades (a maioria desfalcando as áreas já estranguladas do banco, pois são raros os cargos que geram substituição) e empregados envolvidos no projeto relatam uma fraca gestão, organização e liderança da iniciativa. O GT adquiriu status de uma “estrutura paralela” que constrói ideias cuja maioria não são coerentes nem aplicáveis na estrutura de governança do banco.
Para uma necessidade de inovação, um “museu de velhas novidades” vindo do pós golpe
Não custa lembrar que os idealizadores do projeto são os mesmos da malsucedida iniciativa de Transformação Digital da década passada, pós golpe da presidente Dilma. Com esse histórico e, a persistir o ritmo atual, as chances de êxito são baixas. Enquanto isso, os clientes da Caixa continuam a conviver com ATMs antigos e sucateados, instabilidades constantes no Internet Banking, nos aplicativos do banco, no Pix e com baixíssima oferta de soluções digitais para os clientes, sobrecarregando as agências. A concorrência aproveita e já morde cada vez mais nossos calcanhares.
Antiquário pós golpe também na Logística
O desafio também é grande na Logística, que foi desmantelada na gestão Pedro Guimarães resultando em um processo de sucateamento, envelhecimento e abandono de várias agências, em todo o país, devido à insuficiente manutenção. Área de grande orçamento foi outra VP que teve dirigente indicado pelo apetite do Centrão: aliás é o mesmo vice-presidente que ascendeu na época do golpe contra a presidente Dilma, na gestão Nelson Antônio de Souza. Recentemente foi anunciada a recriação de centralizadoras regionais com diversos cargos. A conferir o seu desempenho!
Um museu de velhas novidades vindo do pós golpe 2
Por falar nele o ex presidente da Caixa na gestão Temer e também da cota do Centrão (PP), deverá ter seu nome aprovado para uma coligada do banco. Durante o governo Bolsonaro Nelson trabalhou no governo de um dos agentes políticos mais críticos do PT: o ex governador de São Paulo, João Dória.
CAIXA nas nuvens
Enquanto o mundo acabava, na semana passada, no Rio Grande do Sul e os empregados se esforçam nas adversidades o presidente da Caixa, que ainda não colocou os pés no estado, estava em viagem internacional para Nova Yorque. Próxima parada será….Paris? Bonjour!
Dois anos de impunidade
No final do próximo mês completa dois anos da divulgação das denúncias de assédio moral e sexual contra o ex-presidente Pedro Guimarães. A Caixa realizou procedimento interno de apuração das denúncias e encaminhamento das informações para a Justiça, que até agora não proferiu nenhuma decisão de peso sobre o caso. Enquanto isso aumenta a sensação de impunidade.
