Frente a tragédia climática ainda em curso no Rio Grande do Sul (RS), a Caixa decidiu adiar a prova do Concurso Caixa 2024 para os candidatos do estado. Porém, a mudança foi feita de forma açodada e acabou desagradando candidatos do estado e do resto do País. Uma situação que se tornou tão insustentável que o Ministério Público Federal (MPF) teve que intervir, questionando a Caixa sobre a fundamentação das mudanças realizadas.
Em nota no site, o órgão afirmou que pediu explicações à Caixa com o objetivo de saber se o cancelamento da prova somente nos municípios gaúchos não afetaria a isonomia entre os candidatos na disputa. E exigiu uma resposta em até 48h contados do dia 13 de maio, que não foi divulgada.
Novas mudanças, mais incertezas
No último dia 16, a Caixa publicou no Diário Oficial da União que os candidatos do Rio Grande do Sul poderão solicitar o reembolso da taxa paga na inscrição do certamente até o domingo, dia 19 de maio. No mesmo documento, a Caixa ainda informou que os candidatos do RS que quiserem realizar a prova na data original do concurso – 26 de maio – poderão alterar a cidade de realização da prova. Aos candidatos que querem realizar a prova em nova data, ainda não houve um direcionamento.
A falta de uma resolução ampla, que abarque todos os envolvidos, e a divulgação de alterações aos poucos têm causado ambiguidades aos candidatos, sobretudo aos atingidos pela situação de calamidade.
Um abaixo-assinado, que já conta com mais de 11 mil assinaturas, pede à Caixa o adiamento da prova para todos os inscritos de qualquer parte do País. “É uma questão de justiça e equidade garantir que todos os candidatos tenham a mesma oportunidade de participar deste importante processo seletivo e que seja mantida a lisura e segurança da prova. Portanto, apelamos à sensibilidade das autoridades para adiar este concurso até que a situação seja normalizada e todos possam participar em condições iguais”, afirma a petição.
Outros concursos adiados
O Concurso Nacional Unificado também foi adiado por causa da tragédia no estado gaúcho. Contudo, o governo federal achou por bem adiar a prova para todos os candidatos mantendo a isonomia e a paridade de informações e condições.
Na data, a ministra da Gestão, Esther Dweck, informou que a ideia é manter a mesma prova que deverá ser aplicada em uma data futura quando o estado já estiver recuperado. Ao G1 Esther Dweck afirmou: “… nas próximas semanas, a gente poderá divulgar uma nova data, mas nesse momento, toda a questão logística envolvida com a prova não nos permite, hoje, divulgar uma nova data com segurança”.
Apesar do inconveniente, o adiamento para todos os participantes não coloca nenhum em situação desfavorável. Um direito que defendemos para os nossos futuros colegas.