CAIXA, um bem público na vida das pessoas.

Em fala durante balanço direção da Caixa vê calamidade como “oportunidade”

Durante coletiva de imprensa para apresentação de balanço na última quinta-feira (16) o presidente da Caixa disse  ter um olhar diferente sobre a calamidade, que já matou 151 pessoas e deixou 618 mil desabrigados no Rio Grande Sul. Segundo matéria do Valor, o presidente Carlos Vieira, que ainda não visitou nenhuma das áreas afetadas no estado, prefere olhar a calamidade pelo olhar da “oportunidade” de financiamentos à reconstrução.

 

Lula já deu o recado antes

O presidente Lula já havia feito uma crítica à visão dos bancos sobre os mais pobres. Em cerimônia de lançamento do programa “Acredita”, que reestrutura parte do mercado de crédito no Brasil, no dia 22/04, o presidente deu um puxão de orelhas e disse que os bancos não foram preparados para “receber gente pobre”: “Não tem banco para gente entrar, porque banco não foi preparado para receber pobre. Banco não foi preparado para receber pessoas que chegam lá de sandália […]. As pessoas que não chegam de terno e gravata, que não chegam bem-vestidas, os bancos não foram preparados para isso”, disse.

 

Já sobrou antes para o BB

Durante apresentação do balanço do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, interrompeu a coletiva de imprensa sobre os resultados do primeiro trimestre para atender uma ligação do presidente Lula. Após alguns minutos fora da sala, voltou e revelou, que o presidente estava questionando sua ausência em evento no Palácio do Planalto que anunciou medidas para combater a calamidade no Rio Grande do Sul.

 

Depois não adianta chorar o Leite derramado

No caso da Caixa, faltou pouco para uma derrapada e insensibilidade ao estilo Eduardo Leite, que foi muito criticado essa semana após relacionar doações ao RS com impacto no comércio local.

 

CAIXA aprovou auxílio creche de R$ 4.500,00 para seus dirigentes

Resolução do Conselho de Administração da CAIXA que a coluna teve acesso mostra que o banco aprovou, em março deste ano, aumento de benefícios para os diretores e vice-presidentes do banco e suas subsidiárias. Além de um reajuste de 4,62% sobre os salários chamam atenção para a casta dos 25 diretores, 11 VPS e Presidente agraciados (vale também para subsidiárias) benefícios diferenciados indiretos como um auxílio creche de R$ 4.500,00 mensais (os demais empregados do banco têm direito a R$ 600,00), seguro de vida no valor de R$ 5.472,22 e um novo valor para auxílio alimentação de R$ 1.969,10.

Os dirigentes do banco também passarão a receber o Benefício Remoção (para o caso de ascensão de dirigentes que moravam em outra cidade), no valor de 1 honorário mensal do cargo. Veja no link que segue qual é a remuneração anual, benefícios adicionais e a RVD dos dirigentes do banco: https://www.caixa.gov.br/Downloads/caixa-governanca/Remuneracao_Dirigentes_e_Conselheiros.pdf

 

Vai ter efeito cascata para os empregados?

Não custa lembrar que esse ano teremos negociação coletiva e a campanha nacional dos bancários já está ouvindo a categoria.

 

Semana será de debates sobre proposta para equacionamento

A apresentação, nessa semana, da proposta da FUNCEF (construída em GT com representantes da CAIXA) para o equacionamento, dominou a discussão entre aposentados e empregados. FENAE a própria FUNCEF devem fazer lives e outras ações de comunicação na semana que vem para debater o estudo, que sugere uma redução de menos de 50%, mas com retirada de direitos.

 

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