O maior programa habitacional do Brasil, e um dos maiores do mundo, fez 15 anos no último dia 25 de março. O Minha Casa Minha Vida (MCMV) entregou moradia para 7,7 milhões de famílias em todo o País. E, ainda hoje, segue abrindo portas para novos sonhos de conquista da casa própria, como afirmou a Secretaria de Comunicação Social do governo.
Contudo, mesmo com esse gigantismo, os 15 anos do MCMV passaram em branco na Caixa. E o pior, quando o programa foi citado pelo Diretor de Habitação, em entrevista à CBN, não se ouviu sequer uma menção ao governo federal, idealizador e financiador do MCMV.
Como surgiu o programa
Criado em 2009, no segundo mandato do presidente Lula, o MCMV aqueceu o setor de construção civil, revolucionou a vida de mulheres, priorizadas como titulares das moradias e transformou a vida de milhões de pessoas que passaram a ter uma casa com endereço, água, energia elétrica e saneamento básico, ou seja, uma moradia digna. Desde o início foi operado pela Caixa Econômica Federal, que sempre foi
líder no financiamento da casa própria no Brasil, e desenvolveu uma expertise ainda maior ao lidar com pessoas que muitas vezes, nem bancarizadas eram.
O uso eleitoreiro do programa
Há quem acredite que essa falta de holofotes sobre o aniversário do programa se deve ao risco de uso eleitoreiro na distribuição de moradias neste ano de eleições municipais, que poderá ser usado como arma eleitoral nas disputas às prefeituras municipais de todo o País.
Mentiras como, “o MCMV é um projeto municipal de prefeito X”, ou, “As moradias da cidade só saíram do papel pela ação de prefeito Y em Brasília” é parte da narrativa de muitos candidatos que concorrem ao cargo de prefeitos pelos partidos que hoje exercem influência na Caixa, e que em vários empreendimentos em execução omitem a marca da Caixa e do Governo Federal.
O Programa MCMV tem regras claras para a distribuição, considerando critérios técnicos, como o déficit habitacional e áreas de desastres ambientais que têm urgência na construção de moradias. Os 15 anos de MCMV enchem de orgulho quem fez parte dessa história, mas não podem ser capitalizados por poucos e para fins escusos.