Até mesmo a imprensa especializada está surpresa com a resistência ao corte de juros pela Caixa Econômica Federal. O banco público optou por não acompanhar a decisão do Banco Central, que anunciou no último dia 20, a queda de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros. A queda, que é a sexta consecutiva, fez com que a taxa Selic chegasse a 10,75% ao ano.
A atual resistência aos cortes das taxas de juros na Caixa revela um banco público pouco interessado em cumprir seu papel e também uma presidência que não colabora com os objetivos da equipe econômica do governo Lula, que estimula o fomento ao desenvolvimento econômico através da oferta de financiamento do investimento e do crédito.
A Caixa vinha cumprindo este papel, em agosto e setembro de 2023 a Caixa baixou a sua taxa de juros em duas ocasiões, empresas e pessoas físicas foram beneficiadas pela decisão à época. Além disso, atuou ativamente no Programa Desenrola viabilizando que milhões de pessoas e empresas pudessem acessar novamente o crédito.
A importância da queda dos juros
A queda da taxa básica de juros foi e segue como prioridade da equipe econômica do governo brasileiro. Ainda no último dia 21, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, falaram publicamente sobre a necessidade da aceleração da queda da taxa de juros. Em evento no Rio de Janeiro, Alckmin afirmou que “ o juro alto é uma das piores coisas que temos para a economia”, conforme noticiou o Estado de S. Paulo no dia 22 de março.
Mais do que nunca o Brasil precisa dos bancos públicos para viabilizar um crescimento sustentável com redução da fome e da pobreza.