Novos programas, como Pé-de-Meia e Escola Especial de Matemática se unem a sucesso do ENEM 2023 e mostram recuperação na área da Educação
O número de inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) voltou a crescer em 2023. De 3,3 milhões de inscritos em 2022, o ENEM passou para 3,9 milhões em 2023. O número ainda é menor do que foi registrado entre os anos 2014 e 2016, mas sinaliza que os jovens brasileiros voltaram a enxergar o ensino superior como melhor opção ao final do ensino médio.
No mesmo sentido, os programas “Pé-de-Meia” e “Escola Especial de Matemática” foram anunciados com menos de um mês de intervalo. Dirigidos ao mesmo filão etário, os programas visam atingir públicos distintos – estudantes de Ensino Médio de baixa renda pouco motivados a terminar os estudos e estudantes de Ensino Médio com altas habilidades em Exatas desmotivados pela educação regular.
A esses programas se somam ainda a sanção ao Programa Escola em Tempo Integral, a sanção à Lei que estabelece diretrizes para a valorização dos profissionais da educação escolar básica e o investimento de R$ 3 bilhões na Educação Especial. Entre outras medidas anunciadas no último dia 26 pelo Presidente Lula e pelo ministro da Educação, Camilo Santana. No evento, o governo anunciou ainda o investimento de R$ 3 bilhões na política de reforço a alfabetização das crianças na idade certa, de R$ 8,8 bilhões no programa Escolas Conectadas.
O certo é que, contrastando com a turbulência e as controvérsias do Novo Ensino Médio – herdado (e desconfigurado) por gestões anteriores -, o presidente Lula emerge como o governante que mais se preocupa com a Educação na História do Brasil. Isso é evidenciado pela Lei Orçamentária Anual 2024, sancionada no último dia 22 de janeiro.
Com um enorme esforço do governo Federal, dos deputados e senadores da base, conseguiu-se um aumento de 11% nos investimentos na Educação e de 30% nas políticas de Ciência e Tecnologia. Vale ressaltar ainda, o aumento de 18% no investimento em Saúde em relação à LOA 2022.
Um aspecto crítico e desafiador na trajetória educacional de 2024 é a oposição feroz de grupos fundamentalistas e do movimento “Escola Sem Partido” às transformações necessárias no setor. O episódio mais recente dessa batalha é a tentativa desses grupos de barrar a Conferência Nacional de Educação, um evento que promete ser um marco na história educacional do país, com início previsto para este domingo (28) na Universidade de Brasília.
Apesar desses obstáculos, o governo continua a inovar e a avançar com determinação no campo da educação. Lula, em uma coletiva de imprensa no último dia 26, reiterou o compromisso de envolver mães, pais e toda a sociedade em um projeto educacional que não só atenda às necessidades do Brasil, mas que também o eleve a novas alturas de conhecimento e prosperidade