CAIXA, um bem público na vida das pessoas.

Nota do Comitê: Fisiologismo se assanha, assedia mulheres e age para tornar a Caixa a nova “tchutchuca” do Centrão #nenhumpassoparatrás

Mal se recupera da duríssima passagem de Pedro Guimarães e a Caixa, novamente, corre o risco de ser tomada de assalto, com a investida dos partidos do centrão. Estado da arte do que há de mais fisiológico e execrável no toma lá dá cá da política brasileira, cuja gestação remonta a ditadura, o grupo enxerga no banco nova oportunidade de acessar a galinha dos ovos de ouro do governo e repetir o uso político e pessoal da instituição. As notícias na imprensa, os relatórios de auditoria e dos órgãos de controle interno e externo, como sabemos, estão aí para nos confirmar. Não deixaremos passar no esquecimento…

É também curiosa (mas zero surpresa) a sanha dos “novos aliados” pelos cargos ocupados por mulheres. Além de Rita Serrano, Ana Moser, Nísia Trindade, Marina Silva e até a ministra do Turismo passam ou já passarem por uma fritura elevada. Se contarmos ainda o caso das seis deputadas de esquerda (Érika Kokay, Juliana Cardoso, Célia Xakriabá, Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim e Talíria Petrone) que correm o risco de perda de mandato, vítimas da violência política de gênero e raça do centrão capitaneadas pelo seu mentor, Arthur Lira, por terem se manifestado contra o marco temporal, não restaria dúvida de que todo o esforço de equidade de gênero entre homens e mulheres e de combate à misoginia que o governo tanto defende, se tornaria apenas mera peça de ficção.

Tudo somado, passaria também um sinal de desprezo pelas décadas de trajetória política, de militância e de preparo técnico inquestionável das atuais ocupantes dos cargos. O esforço e dedicação de todas as mulheres citadas sucumbiria, facilmente, ao desejo das hienas (as mesmas de sempre) sedentas pelo uso politiqueiro e pessoal dos recursos públicos, que fazem das Instituições, suas casas de lazer. No caso da Caixa a situação ganharia contornos de esculacho com a indicação, pelo que noticia a imprensa, de ex-dirigente que assumiu o banco justamente após o impeachment da presidenta Dilma. Sabemos que não será o caso pois entregar a Caixa nunca ocorreu nem nos piores momentos de dificuldades políticas dos governos Lula e Dilma.

Para o corpo funcional uma mudança abrupta agora resultaria na complacência com o assédio e com as metas abusivas, na volta do processo de adoecimento dos trabalhadores e trabalhadoras e na desumanização das relações de trabalho. Seria a derrota e o fim das políticas de igualdade, de inclusão e de sustentabilidade e todo o esforço feito para recuperar o banco iria pelo ralo.

O governo já sabe o espaço que tal decisão pode ocupar na imprensa e no debate da sociedade, a médio prazo: o das páginas policiais. Frente à indiscutível necessidade de renovação política e de esperança, envelheceríamos rápido demais na entrega de nossos ideais e compromisso com o povo brasileiro. Poderia ser fatal para o país e biografia dos envolvidos.

O Comitê Popular de Luta em Defesa da Caixa, mantendo sua coerência, vem a público se manifestar contra todo esse processo e reforçar sua posição firme e intransigível pela defesa da Caixa, de seus empregados, empregadas e aposentados. Somos uma categoria mobilizada e, mais uma vez, quem de fato defende a instituição não pode se omitir. Não podemos assistir, passivamente a instituição ser ungida como a nova “tchutchuca do centrão”.

Chegou a hora de nos prepararmos para a “nossa batalha de Stalingrado” já que a paz, infelizmente, durou pouco. Por isso, precisamos nos organizar nas ruas e nas redes para “riscar o chão” contra essa nova tentativa de saque do patrimônio público: #nenhumpassoparatrás.