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Fim da agiotagem: Caixa deixará de operar consignado sobre Auxílio Brasil

Mais uma sugestão do Comitê Popular de Luta em Defesa da Caixa entregue ao presidente Lula durante a transição de governo foi colocada em prática. Dessa vez, trata-se da descontinuidade da operação do crédito consignado sobre o Auxílio Brasil, criado por Bolsonaro no ocaso de seu governo como manobra eleitoreira para ganhar o voto dos mais pobres. 

 

O crédito consignado sobre o Auxílio Brasil – cujo valor chega a comprometer até 40% dos R$ 600 do benefício, ou seja, R$240 – foi ofertado de maneira açodada e sem responsabilidade alguma por parte do governo e da gestão anterior da Caixa.

 

Em reportagens feitas em meados de outubro, época da criação do programa, foi apurado que as pessoas que estavam na fila para conseguir o crédito não sabiam que a parcela do empréstimo seria descontada do valor do benefício. Uma revelação que demonstrou uma tentativa de “encher o bolso” dos mais pobres à época da eleição, prejudicando-os imensamente depois. 

 

O fim da operação do crédito consignado pela Caixa é uma vitória do bom-senso e do respeito à dignidade humana. Uma vitória que contou com a coragem de Rita Serrano, presidenta da Caixa, que logo após a sua nomeação suspendeu a concessão do consignado, e a encerrou completamente a operação no último dia 24/02. Uma decisão que demonstrou que a Caixa retomou a responsabilidade com brasileiras e brasileiros. 

 

Porém, o fim da concessão dos empréstimos não encerra os problemas gerados por ele. Conforme relembra Leonardo Sakamoto em sua coluna no UOL, cerca de R$ 7,6 bilhões foram concedidos a 2,9 milhões de famílias pela Caixa enquanto o banco operou a linha de consignado. O que poderá gerar uma avalanche de inadimplência para a Caixa e o pior, uma imensa quantidade de famílias que não poderão comprar uma quantidade suficiente de comida para sobreviver.