Se depender de Rita Serrano, presidenta da Caixa, a instituição voltará a influir no crescimento do País, como devem fazer os bancos públicos. Em entrevista assertiva ao Valor Econômico, Rita reafirmou que a Caixa será uma indutora de políticas anticíclicas para gerar emprego e renda para a população. E isso se dará em breve, mais precisamente em abril, depois de concluído o planejamento estratégico e orçamentário do banco público, bem como ajustes nos cargos de gestão, segundo as projeções da presidenta.
Na mesma entrevista, ela envia um sinal claro de que a Caixa poderá vir a atuar para baixar os juros das suas linhas de crédito, desde que isso não prejudique a saúde financeira da empresa: “Nada que dê prejuízo para o banco será feito, mas dentro de uma política de concorrência, vale a concorrência”. Uma postura que mostra alinhamento aos anúncios feitos por Lula, e a reativação de programas sociais importantes como o Minha Casa Minha Vida, do qual a Caixa seguirá sendo a maior executora.
Dentre os programas sociais, merece destaque a fala de Rita Serrano sobre o crédito consignado do Auxílio Brasil: “Com as novas regras, a operação não se paga” A presidenta prossegue afirmando que o produto teve uma finalidade eleitoreira e que, em sua opinião, deve ser anulado: “Não posso ofertar crédito em um auxílio para a pessoa se alimentar”, finaliza a questão.
A presidenta também se posicionar na questão da taxa básica de juros definida pelo Comitê de Política Monetário (COPOM) do Banco Central. Nessa frente, Rita Serrano afirma que o Banco Central deve reavaliar a taxa selic, atualmente em 13,75% ao ano, para que o Brasil possa crescer. “ É importante ter um olhar para a necessidade do país de reavaliar isso”. Estudos apontam que o pagamento de juros consomem R$ 36 bilhões por ano de recursos do Tesouro.
Rita Serrano ainda dá uma mostra dos rumos que a Caixa deverá tomar o próximo período, o fim da gestão pelo medo, o fortalecimento da carreira dos empregados do banco e o investimento na tecnologia, um ponto fundamental para que a Caixa seja ainda mais competitiva e possa alias seu crescimento como empresa e a sua finalidade pública.