Tem circulado na imprensa notícias, (possivelmente plantadas) de que duas atuais vice-presidentes da CAIXA, que guardam relação íntima com a gestão Pedro Guimarães e, portanto, com o bolsonarismo, podem ser indicadas por Lula para o comando da empresa. A pura e simples menção a esta possibilidade é estarrecedora e fez com que muitos empregados e empregadas da CAIXA a encarassem como uma manutenção, que traz de volta a lembrança, ainda vívida, da gestão do assédio que a direção atual apenas empurrou para debaixo do tapete na CAIXA.
O Comitê Popular de Luta em Defesa da CAIXA se manifesta, com indignação, contra qualquer possibilidade de manutenção ou de ascensão dos atuais membros da atual direção da empresa. Trata-se de um erro gravíssimo com as empregadas e empregados do banco, que lutaram corajosamente contra uma gestão bolsonarista assediadora e votaram em peso num projeto político de mudança. Não há, na atual gestão do banco, nenhum integrante que represente os anseios dos empregados, da sociedade brasileira e do projeto que saiu vitorioso nas eleições. A manutenção de qualquer uma delas não passa de uma releitura de algo velho e assustador.
Podem até tentar apagar as postagens nas redes sociais, realizar uma conveniente “harmonização facial” política, casuística e carreirista, mas os rastros sempre ficam.
Não podemos nos calar e deixar de manifestar nossa contrariedade. As empregadas, empregados e a sociedade brasileira preferem quem represente, legitimamente, seus interesses. Não se cura a doença do assédio, com tratamento de segunda linha.