”Meu convite para o Gabinete de Transição teve tudo a ver com a CAIXA”
Em primeira mão
A ex presidenta da CAIXA e integrante do Gabinete de Transição, que finalizou na última quinta-feira, Maria Fernanda Coelho, concedeu entrevista exclusiva ao Comitê Popular de Luta em Defesa da CAIXA. A Entrevista na integra será veiculada amanhã nas mídias e canais do Comitê, porém esta coluna adianta alguns pontos importantes. Maria Fernanda, que também é integrante do Comitê Popular de Luta em Defesa da CAIXA, explica o seu papel no GT e aborda diversos temas de interesse dos empregados, empregadas, aposentados e aposentadas da CAIXA.
A nova dinâmica do Governo
Um trecho importante do relatório final do GT de Transição parece resumir bem o que pensa o novo governo: “É por isso que a nova estrutura do Governo Federal recupera o desenho do Centro de Governo (CdG), estabelecido durante os primeiros mandatos do Presidente Lula. O Centro de Governo precisa ser capaz de coordenar o conjunto das ações governamentais, com clara definição de prioridades, e envolver a sociedade, o Poder Legislativo, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios no processo de formulação da agenda nacional e de construção das políticas públicas. Ao longo dos últimos anos, o Centro de Governo foi desorganizado, havendo um rebaixamento da capacidade de coordenação da Presidência com relação às suas prioridades programáticas. Isso afetou negativamente a atuação institucional do setor público federal, especialmente as entregas de bens e serviços à população”, diz o documento,
A importância do Gabinete de Transição
Na entrevista ao Comitê, Fernanda falou sobre a importância do trabalho do GT de Transição, com o diagnóstico da situação atual do país, da CAIXA e do papel do banco público no novo governo Lula.
Vontade de reconstruir o Brasil
Fernanda, que atuou no GT de Cidades, destacou como funcionou o trabalho do Governo de Transição, o engajamento e a mobilização das pessoas e dos movimentos populares, no intuito de contribuir para a reconstrução do país.
O desmonte dos pilares da CAIXA na gestão Bolsonaro
Para Fernanda, “a CAIXA necessitará passar por um processo de reconstrução interna, pois houve uma deterioração e deturpação de conceitos basilares da instituição”. Ela crava que dará um enorme trabalho a recuperação da empresa. Mas sabe da capacidade de resistência e inovação do banco e da força de seus empregados e empregadas.
Voltaremos a ter um governo
O fato de estar presente no GT deu à Fernanda a percepção clara do papel esperado da instituição na próxima gestão: “A CAIXA é uma instituição do Estado e tem uma relação intrínseca com a vida da população brasileira, seja pelos programas sociais, pelo investimento em habitação, em saneamento e por trazer uma vida digna às pessoas. É importante lembrar aqui do discurso da vitória e da diplomação do presidente Lula, em que ele sintetiza o que é a democracia: moradia digna, educação, saúde, ter direito a acesso a bens e serviços públicos de qualidade. Para mim, isso é o que dá identidade a CAIXA, uma empresa 100% pública e um bem público.”
Uma nova CAIXA em 2023
Maria Fernanda também mencionou qual a importância do banco público a partir dos próximos dias, com o governo Lula. Com destaque para a volta do Minha Casa Minha Vida, em uma versão ainda melhor.
Café no Bule
Tem dirigente em fim de gestão, bem açodado, querendo descobrir quem são os membros do Comitê, para persegui-los. Juízo, meninos e meninas maluquinhos, porque aqui também tem café no bule e o futuro te espera. Hasta la vista, baby.
Não nos esqueceremos do assédio
Um tema que causa calafrios no atual grupo que gere a CAIXA é falar do assédio moral e sexual, a sua única marca de gestão (já são mais de 50 denúncias). O dado concreto é que essa herança, além de adoecer os colegas, causou o mais grave risco de imagem e reputação da história da empresa. Não deixaremos de lembrar da péssima gestão ao qual os empregados da CAIXA foram submetidos nos últimos anos.