Érika Kokay: “E Estado é mínimo apenas para o povo brasileiro, mas não é mínimo para o capital financeiro”
Rita Serrano: “A PEC 32 enterra o Estado Brasileiro”
Da Redação:
O Comitê Popular de Luta em Defesa da CAIXA realizou uma live exclusiva, ontem (24), no perfil do Comitê no Instagram, para mostrar como a eleição do próximo domingo e a proposta de Emenda à Constituição nº 32, a chamada ‘Reforma Administrativa’, são cruciais para os empregados (as) e aposentados (as).
Para falar desse assunto e da importância de irmos às urnas no próximo domingo, a live contou com as presenças da deputada federal reeleita Erika Kokay e de Rita Serrano, representante eleita pelos empregados no conselho de administração da CAIXA. A moderação foi da empregada aposentada e ex-presidenta da CAIXA, Maria Fernanda Coelho.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que é aliado de Bolsonaro, ameaçou retomar a votação da PEC 32 já a partir deste ano. A medida propõe uma série de ataques aos servidores e servidoras públicos e aos serviços públicos, tornando a população pobre, que mais necessita de políticas públicas de acesso à saúde, educação e previdência públicas, a principal vítima dessa política.
Rita Serrano alertou que “a Reforma Administrativa, na verdade faz parte de um projeto do atual governo de desmantelamento do Estado, afetando todos os serviços públicos e acabando com o concurso público, substituindo empregados de carreira por indicados do governo em todos os entes. É gravíssimo”.
Ela lembrou que o povo já vem sentindo a piora dos indicadores do Estado em relação aos serviços públicos e a situação deve se agravar com esse projeto do governo Bolsonaro. A CAIXA, segundo ela, já é um exemplo, pois foi obrigada a atender ao chamado do pagamento do auxílio com menos empregados do que tinha em 2014.
“A PEC 32 enterra o estado brasileiro”, cravou Rita Serrano, que ainda lembrou que muitos países liberais como a Inglaterra e EUA, estão protegendo sua economia e estatizando serviços, inclusive criando bancos públicos. Por fim, ela alertou como a venda das subsidiárias, se continuar nos próximos anos, pode acabar com a sustentabilidade da CAIXA.
Já a deputada federal Érika Kokay, ressaltou que “nunca vivemos tanto sofrimento psíquico de servidoras e servidores. O assédio moral hoje é institucional, organizacional e interpessoal, na liberdade para maltratar e propagar o ódio. E a CAIXA é um exemplo dessa lógica cruel”.
Ela disse ainda que a gestão Bolsonaro na CAIXA transformou a empresa num palanque eleitoral, propriedade particular e pior, que as empregas do banco poderiam ser utilizadas de acordo com uma lógica assediadora. A deputada também denunciou que servidores públicos de vários órgãos têm sido assediados moralmente e eleitoralmente: “nunca tivemos tantos processos administrativos”, disse a deputada.
Kokay também falou da sua luta contra a tentativa de venda do Banco Digital da CAIXA, de quebra do monopólio do Penhor e das Loterias, um ataque ao patrimônio do Povo Brasileiro: “o estado é mínimo apenas para o povo brasileiro, mas não é mínimo para o capital financeiro”, destacou a deputada.
Por fim, Kokay e Serrano destacaram como a PEC 32 pode inviabilizar os fundos de pensão dos trabalhadores e aposentados. Também destacaram que estamos a apenas 6 dias para decidir sobre o futuro da CAIXA e do país.
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