CAIXA, um bem público na vida das pessoas.

Como Lula construiu na Caixa um banco que acredita nas pessoas

Volta de Lula pode ser a oportunidade única de reconstruirmos Histórias de Vida e do banco

 

Da Redação

 

A relação da CAIXA com seus empregados passou por uma mudança profunda entre 2003 e 2010 e essa é uma das principais explicações para os bons resultados da instituição ao final daqueles anos. Os empregados deixaram de ser tratados como insumos e passaram a ser considerados protagonistas. O próprio slogan da gestão foi, por anos, O Banco que acredita nas pessoase A Vida pede mais que um banco”. Naqueles bons tempos, a gestão de Lula tinha a consciência de que o maior patrimônio da Caixa, eram seus trabalhadores, que não eram tratados como uma planilha de Excel e sim como um ativo humano poderoso.

Em tempos de alguns indecisos e de colegas que não viveram a época da bonança, é bom reavivar a memória e ajudar a decidir o voto, naquele momento solitário na urna. Para isso, o Comitê resgatou alguns números e dados.

Na gestão Lula a Caixa intensificou o uso do concurso público para recomposição do quadro, investiu na formação dos funcionários e implantou um processo seletivo interno baseado no mérito. O estímulo à formação e os aumentos de salário acima da inflação foram a regra. A empresa assumiu a diversidade de situações e a riqueza de possibilidades de desenvolvimento do seu corpo funcional. A Caixa passou a ser considerada no mercado uma empresa de vanguarda no que se refere ao relacionamento com os empregados.

Uma das decisões mais importantes foi a reversão da terceirização, implantada no final de 1990. Em 2003, havia 27.678 pessoas em postos de serviços terceirizados na Caixa e 57.300 empregados. Os últimos quadros terceirizados foram desligados em junho de 2009. No período de terceirização, cooperativas de trabalho arregimentavam pessoas para trabalhar nas agências sem proteção do fundo de garantia e do INSS e sem direito a férias, o que gerou um passivo trabalhista expressivo.

Após o desligamento desses trabalhadores, a Caixa se viu na situação de subsidiária solidária. O preenchimento das vagas por empregados contratados, com treinamento contínuo e plano de carreira, aumentou a qualidade e o engajamento do corpo funcional e fortaleceu o seu compromisso com a empresa.

Uma nova carreira – Em 2007, fez-se uma revisão da estrutura de carreira. Unificou-se as estruturas salariais existentes para advogados, engenheiros e arquitetos, entre outros. No ano seguinte, foi equacionada a estrutura salarial da carreira administrativa, permitindo que cada empregado vislumbrasse a sua perspectiva na empresa. Essa ação criou a possibilidade de o empregado ascender na carreira através da promoção por merecimento, que tinha sido extinta em 1998. No mesmo ano, com a mudança do modelo de gestão, criou-se a Vice Presidência de Gestão de Pessoas, que estava vinculada à vice presidência de Logística e Tecnologia, da gestão anterior (e que retrocedeu na gestão Bolsonaro)

A formação e a capacitação contínuas das pessoas deram um salto através da Universidade Caixa e totalizaram 137 horas anuais por empregado, acima das 100 horas por ano recomendadas no mercado, à época, para se atingir a excelência. O investimento anual saltou de R$14 milhões em 2002 para mais de R$ 70 milhões em 2010. Como resultado do programa de elevação da escolaridade, implantado em 2006, 70% dos empregados têm curso de graduação, no mínimo e 6.200 empregados passaram por esse programa.

Considerada nas gestões Lula como empresa de prestação de serviços importantes para a sociedade, a gestão focou na escuta dos empregados, grande parte deles envolvida diretamente no atendimento à população. Essa visão levou o banco a manter um diálogo contínuo e transparente com os funcionários e seus representantes através da Comissão Permanente de Negociação, criada em 2008.

Uma gestão pautada na Ética – No mesmo ano de criação da Comissão Permanente de Negociação, a Caixa implementou uma Comissão de Ética, fórum com empregados que atuava para resolver conflitos surgidos no ambiente de trabalho. O comprometimento da Caixa com a responsabilidade socioempresarial levou a gestão da empresa a definir condutas que considerassem o contexto da diversidade. O banco passou a permitir, por exemplo, que o Saúde Caixa incluísse como dependente o parceiro do mesmo sexo.

Como parte do Programa Empresa Cidadã, criado pelo governo Lula, em 2008, estendeu voluntariamente a licença maternidade de 120 para 180 dias. Além disso, foi na gestão Lula que a Caixa autorizou até 180 dias de licença nos casos de adoção de crianças por casais homoafetivos e por empregados solteiros, numa orientação clara de proteger as crianças.

A consciência do papel social da empresa se manifestava também em ações permanentes de formação e recrutamento de jovens em situação de risco, de famílias de baixa renda e de populações desprotegidas. Em uma das parcerias, a do Projeto Vira Vida, o Serviço Social da Indústria capacitou jovens em situação de vulnerabilidade social e a Caixa os empregava. Em outra ação, desenvolvida em 2009, a Caixa contratou 1.404 estagiários recrutados entre alunos do Prouni, programa do governo federal que concedia bolsas de estudo para estudantes de família de baixa renda cursarem universidades privadas.

Havia também 3.774 adolescentes entre 16 e 18 anos em situação de risco social trabalhando como aprendizes e 212 estagiários indígenas. Já naquela época, em todas as suas unidades, a Caixa tinha empregados treinados na linguagem de libras. Por fim, desde 2009, a gestão Lula na Caixa tornou obrigatória a realização de processo seletivo interno para provimento de mais de 95% das funções gratificadas da Caixa.

Lula já garantiu inúmeras vezes que vai fortalecer a Caixa e os demais bancos públicos e mais: não vai mais tolerar uma gestão que pratica o assédio. Já Bolsonaro e Guedes fizeram oposto nos quatro anos e já sinalizaram a privatização dos bancos. Se você ama seu emprego e sua qualidade de vida, é melhor já ir “Lulando.”