CAIXA, um bem público na vida das pessoas.

Recordar é viver: os anos Lula na CAIXA, parte I

Como o governo Lula assumiu o banco há quase 20 anos atrás

Da Redação

 

Eleito Presidente da República, em 2003, Lula percebeu que havia um árduo caminho a ser trilhado na CAIXA e que era preciso transformá-la. Afinal, os governos anteriores foram duros com a instituição, que amargava anos de descaso, de críticas e de imposição de limites quanto à sua atuação e vocação.

O primeiro diagnóstico da gestão foi claro: ameaçada de privatização e sem um direcionamento claro dos governos anteriores para onde seguir, era preciso reconstruir a empresa e recuperar a moral dos seus empregados. A nova gestão agiu rápido e logo destacou a essência pública da CAIXA, combatendo o receituário liberal da época que defendia que a empresa tinha que seguir a cartilha de um banco privado, ligados apenas à busca da máxima lucratividade, sem pensar na sustentabilidade. Qualquer semelhança com a prescrição de Paulo Guedes e Bolsonaro, não é mera coincidência.

Importante destacar que, à época, o presidente Lula ofereceu total apoio para que a CAIXA cumprisse sua nova missão. Com isso foi possível criar e garantir um ambiente propício para renovar, ampliar e qualificar o quadro de pessoal, investir em tecnologia, expandir a capacidade de atendimento à população, às empresas e às instituições governamentais, bem como renovar a estrutura e a gestão para atender às novas demandas da sociedade, das empresas e do setor público.

A decisão do governo à época, de vincular o crescimento e a estabilidade da economia à inclusão social propiciou perspectivas promissoras para o Brasil. A redução da miséria, a expansão da classe média, o aumento da produção, do emprego e do consumo criaram um clima favorável para os negócios e alicerçaram a recuperação da autoestima da população.

O dinamismo econômico e a menor vulnerabilidade externa resgataram a respeitabilidade do país no contexto mundial. A combinação desses resultados apontou, pela primeira vez em décadas, para a possibilidade de desenvolvimento sustentável da nação.

A inclusão social definida como eixo fundamental da política do governo, evidenciou as possibilidades de crescimento com base no mercado interno. O aumento real do salário-mínimo a transferência de renda por intermédio de programas como o Bolsa Família e a maior oferta de crédito contribuíram para a formação de um mercado de consumo capaz de dar suporte a um virtuoso ciclo de expansão.

É importante lembrar que foi fundamental para a CAIXA a determinação do governo Lula de interromper a estratégia de privatização indiscriminada das empresas públicas. Ao contrário, houve um aumento dos investimentos públicos e do papel das empresas nacionais como impulsionadoras do investimento em infraestrutura, como por exemplo, em projetos habitacionais.

É nesse contexto que ganha relevância a CAIXA, com importante participação no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado em 2007 e no Programa Minha Casa Minha Vida, criado em 2009, associados à oferta de crédito tanto para a produção como para a compra de habitações, subsídios para a aquisição da casa própria e redução das taxas de juros para a população.

No mesmo período, a CAIXA tornou-se um banco múltiplo com portfólio atualizado, contendo todos os produtos disponíveis no mercado e avançou na complementaridade entre as funções de banco social e público e as de uma instituição comercial. A revitalização do princípio da concessão de crédito para a realização do interesse público norteou um planejamento estratégico com redefinição da missão, dos valores e da visão de futuro e que durou por muitos anos.

Aqui não custa reforçar o princípio da sustentabilidade como diretriz da gestão, em consonância com uma política séria de democratização do crédito e uma estratégia de ampliação da participação no mercado por meio da redução de spreads bancários.

A relação com os empregados, vital para uma organização de enraizamento profundo na sociedade, deixou de ser tratada como administração de um insumo e passou a ser considerada Gestão de Pessoas. A gestão intensificou a recomposição do quadro por meio de concursos públicos, investiu na formação dos empregados e implantou modelo de Processo Seletivo Interno (PSI) que era uma referência no mercado.

Os resultados obtidos pela CAIXA no período de 2003 a 2010, nas gestões de Lula confirmam o acerto das decisões assumidas. Houve um reforço substancial do papel do banco, que foi totalmente reconstruído, de forma democrática e com participação e respeito aos seus empregados.

Voltará a ser assim, em breve.

Como recordar é viver, veja este vídeo do presidente Lula, anunciando o programa Minha Casa Minha Vida, em 2009 e destacando a importância da CAIXA, dos seus gestores e empregados para o país. “Ai que saudade do meu ex…”. Volta logo!