Da Redação
Recordar e comparar é viver! O ano era 2003, início do Governo Lula na CAIXA. A primeira grande surpresa para os dirigentes que estavam à frente da gestão da empresa, naquele momento, foi o quanto as grandes linhas de negócios e atuações do banco tinham os seus sistemas de informação nas extensas mãos de grandes corporações nacionais e internacionais.
A área de tecnologia da informação da CAIXA estava, há vários anos, nas mãos de gigantes empresas privadas do país e do exterior. Cada empresa dominava um naco: Autoatendimento, Canal Lotérico, Cartões, dentre tantas outras. Além do que, 70% do parque tecnológico estava obsoleto, impactando os processos, equipamentos e capacidade de atendimento aos Programas Sociais do Governo Federal.
Desde o princípio da gestão do Governo Lula na CAIXA, um dos objetivos foi o de direcionar os grandes investimentos e o domínio da inteligência, internamente, para o gigante canal lotérico. Naquele momento, uma das cinco grandes empresas de jogos do mundo dominava todos os sistemas que geravam as apostas e as transações bancárias no canal. As Casas Lotéricas eram de grande preferência da população para os pagamentos de boletos e recebimento de benefícios, tanto pela sua capilaridade, com milhares de unidades em quase todo o país, como facilidade de acesso por todas as classes sociais.
Chamava a atenção dos gestores ainda, naquele momento, o fato de a empresa multinacional que detinha o conhecimento dos sistemas e equipamentos lotéricos, contar com equipamentos distintos para realizar apostas dos jogos e para pagamentos de boletos, realizar depósitos e pagar benefícios. Frequentemente, o atendimento aos clientes da CAIXA e do público em geral, eram impactados por enormes filas, muitas vezes ocasionadas por essa incapacidade, da então empresa detentora do sistema e das máquinas, de integrar esses serviços, em um mesmo equipamento.
Dessa forma, quando o projeto de internalização do canal lotérico, foi desenhado internamente na CAIXA, um dos desafios postos para os gestores e equipes técnicas foi o de integrar em um único equipamento todos os serviços que uma casa lotérica prestava à população, ou seja, apostas dos distintos jogos lotéricos e transações bancárias.
O desafio não era pequeno, ainda mais quando o Bolsa Família, amparado no Cadastro Único desenvolvido e processado pela CAIXA, também estava incorporando novas funcionalidades e ampliado. Assim, era ainda mais necessário que a CAIXA dominasse a inteligência de todos os processos desse canal já que 70% dos benefícios sociais eram pagos por intermédio da rede lotérica.
Cabe ainda fazer dois registros. Um deles é que todo o processo de internalização foi acompanhado por órgãos externos, como o Ministério Público Federal e monitorado pela Controladoria Geral da União-CGU e, o outro que o Brasil era o único país detentor da Inteligência Tecnológica do seu Sistema de Loterias e Pagamentos de Benefícios Sociais. Isso tudo desenvolvido internamente, pois do planejamento à implantação, foram os gestores e empregados da CAIXA os responsáveis pela internalização.
Em outra ponta, também se vislumbrou a necessidade de um centro tecnológico unificado, com padrões de segurança e desempenho que o banco não tinha naquele momento. Com esse objetivo, iniciaram-se os estudos, o planejamento e as contratações para a construção de um Centro Tecnológico em Brasília.
São raras as empresas no mundo que atuam como a CAIXA, com inteligência, capilaridade e credibilidade.
É por isso que nenhuma gestão, seja de governo autoritário e assediador ou servidor público ligado às grandes corporações internacionais de jogos, terá força para destruir a empresa. O atual governo e sua gestão neoliberal fazem de tudo para enfraquecer, privatizar e terceirizar as operações da empresa. Tentar eles até tentam, mas não conseguirão jamais atingir seus objetivos! Pois a CAIXA é dos e das brasileiras!