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O Teatro da posse da presidenta da Caixa: o golpe está aí, cai quem quer

Da Redação

 

Sabemos que esperar um mínimo de bom senso do governo Bolsonaro e das suas gestões na Caixa é quase impossível. Mas, o evento de posse da nova dirigente do banco, realizado hoje, prova que não há limites para a realidade paralela em que esse governo vive. Relembrado dos últimos acontecimentos, um espectador mais desavisado, ao assistir o evento no Teatro da Caixa Cultural, (transformado nessa gestão em insignificante auditório) poderia imaginar assistir um canhestro, melancólico e bizarro espetáculo.

Em primeiro lugar, praticamente nenhuma menção condenável ou atitude concreta sobre os abjetos acontecimentos envolvendo as denúncias de assédio moral e sexual no banco e que chocaram o país. Já nos aproximamos da “Missa de Sétimo Dia” da gestão de Pedro Guimarães, convertida em alma penada que agora vive o calvário e desamparo do purgatório, e a nova gestão pelos indicativos de Bolsonaro e do discurso da agora empossada dirigente, já dá sinais de que será apenas um museu de grandes novidades, no máximo com ações cosméticas.

O próximo ato dessa tragédia-chanchada foi o ressurgimento do desaparecido Paulo Guedes, o antes protagonista do enredo da Escola de Chicago, agora reduzido ao papel de bobo da corte de um governo caótico. Em sua fala, cada vez mais, relata uma situação de bonança econômica que só pode existir nos países nórdicos ou no mundo particular em que esse senhor criou para si – menos no Brasil.

E o que esperar de Bolsonaro, o maior vilão dessa amadora encenação e que deixou suas digitais nessa tragédia que assola dezenas de famílias de empregadas e empregados da Caixa e choca o país? Nenhuma vírgula condenando o que ocorreu, nem sobre os novos escândalos de hoje, agora margeando contornos de corrupção. Nenhuma solidariedade às mulheres que tiveram a coragem de denunciar os crimes, mas sim um rosário de mentiras, ataques gratuitos e a transformação do ato em campanha eleitoral extemporânea. O script do novo golpe está aí, cai quem quer.

Do lado de fora, a atuação firme e incansável do Sindicato e das entidades nas ações no Dia Nacional de Luta contra os Assédios mostra como não vamos nos calar, que ainda temos uma grande batalha pela frente e como continua dura a vida real.

 

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