CAIXA, um bem público na vida das pessoas.

Seminário discute o papel da Caixa para cidades mais inclusivas

Da redação

O segundo bloco do Seminário Caixa: um bem público na Vida das Pessoas discutiu cidades mais inclusivas e como a Caixa poderá contribuir para a implementação do Direito à Cidade. O primeiro a falar foi o arquiteto, urbanista e professor titular de Planejamento Urbano da FAU-USP, Nabil Bondiki. Ele destacou que a Caixa terá papel muito importante na retomada de uma política urbana e não só de habitação para o Brasil em 2023, reconstruindo e aperfeiçoando as políticas públicas que tiveram enorme retrocesso no país nos últimos anos.

Ele relembrou sobre o grave processo de desmantelamento das políticas públicas voltadas para habitação que vem sendo articuladas pelo governo, a partir de 2016.

Bonduki ressaltou ainda que temos um déficit subdimensionado de mais de 5 milhões de moradias no país e que a questão deve envolver ainda a chamada demanda demográfica das famílias, pois estudos indicam que a nossa necessidade até 2040 será de cerca de 20 milhões de unidades novas, sem contar as demandas que envolvem reurbanização das áreas existentes.

Já a professora titular da USP entre 1974 e 2010 e coordenadora do Projeto BR Cidades, Erminia Maricato, começou sua exposição fazendo uma análise do processo de mudança econômica e estrutural que o mundo vive, com o processo de globalização neoliberal que gerou uma transição geopolítica e uma crise do sistema capitalista, talvez só vista em 1929.

A pesquisadora apresentou como se deu o processo de industrialização, urbanização e desindustrialização (com a Globalização) que o país viveu. Ela também enumerou as grandes conquistas dos governos do PT no campo da habitação bem como os pontos que ainda precisam ser aperfeiçoados para o futuro, com a participação fundamental de uma Caixa voltada para enfrentamento dos problemas do povo.

Segundo Maricato “a política de habitação brasileira atual é sem base fundiária regular, sem financiamento, sem licença, sem leis, sem profissionais, sem segurança física ou jurídica, sem saúde, sem sustentabilidade, sem saneamento, sem endereço, fomentando um estado paralelo com violência”, afirmou.

Assista o segundo bloco do Seminário aqui:

 

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