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No primeiro dia de governo, em 1º de janeiro de 2003, Lula anunciava que sua prioridade era garantir que todos os brasileiros tomassem café da manhã, almoçassem e jantassem todos os dias. Onze anos depois, em 2014, a ONU informava que o país estava oficialmente fora do Mapa da Fome.
Neste 8 de julho de 2022, a Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional) informa que o país regrediu 30 anos e tem mais famintos do que tinha em 1993. De acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, encomendado pela Penssan ao Instituto Vox Populi, o Brasil tem hoje 33 milhões de famintos, o que representa 15,5% da população.
Quando se levam em conta também as pessoas que não têm garantia de que conseguirão comer todos os dias, consideradas em situação de insegurança alimentar leve ou moderada, o total chega a 125,2 milhões, ou 59% da população.
Em 1993, quando o número era de 32 milhões, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, lançou a primeira grande campanha contra fome do Brasil. “A gente regrediu literalmente 30 anos na luta contra a fome, o que nos assusta muito”, disse à Folha de S. Paulo o atual diretor-executivo da Ação da Cidadania, Kiko Afonso.
Noticia repercute na abertura do 38º Conecef
O aumento da miséria e da fome foi o tema escolhido pelo presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto, para falar aos bancários na abertura solene conjunta do 38º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa, 33º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, 28º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste, 13º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco da Amazônia e do 2º Congresso Nacional dos Funcionários do BNDES.
Segundo Takemoto, “Não dá para aceitarmos naturalmente um país onde 33 milhões de pessoas não tenham o que comer. É por isso que esse é o ano das nossas vidas”. E ressaltou que para isso, é necessário retomar a democracia: “Temos o maior desafio das nossas vidas, fazer esse País retomar o caminho da democracia”
O presidente da Fenae ainda falou sobre passado e futuro tanto dos bancos públicos, quanto no Brasil: “Já passamos por uma experiência sobre o Brasil que a gente quer. Nos governos democráticos de Lula e Dilma caminhamos muito nessa direção. Tínhamos o pleno emprego, a Caixa e os bancos públicos viviam aquilo que a gente espera para os bancos públicos”.
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https://recontaai.com.br/fome-sob-bolsonaro-brasil-retrocede-aos-niveis-da-decada-de-1990