Nas Redes e na Rua – Comite Popular de Luta em Defesa da Caixa https://bemnavidadaspessoas.com.br Fri, 04 Oct 2024 12:53:05 +0000 pt-BR hourly 1 https://bemnavidadaspessoas.com.br/wp-content/uploads/2022/12/cropped-logocaixadefesa-1-32x32.png Nas Redes e na Rua – Comite Popular de Luta em Defesa da Caixa https://bemnavidadaspessoas.com.br 32 32 210700550 Eleições municipais: a importância de votarmos em candidaturas progressistas https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/10/04/eleicoes-municipais-a-importancia-de-votarmos-em-candidaturas-progressistas/ https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/10/04/eleicoes-municipais-a-importancia-de-votarmos-em-candidaturas-progressistas/#respond Fri, 04 Oct 2024 12:53:05 +0000 https://bemnavidadaspessoas.com.br/?p=3421 Domingo está chegando e com ele a possibilidade de votar em candidaturas progressistas para derrotar de vez o fascismo no Brasil. Embora muitos não acreditem, as eleições municipais são importantíssimas não só para as cidades, mas também para construir uma política que permita avançar com o ciclo de crescimento do país. 

Com mais municípios dirigidos pelas prefeitas e pelos prefeitos progressistas, veremos finalmente o centrão ter menos força política para chantagear o governo federal vendendo emendas em troca de votos. É a possibilidade de sonhar com o fim do toma lá dá cá que impede o governo Lula de avançar ainda mais. E de ter nas cidades projetos que façam sentido para cada localidade, e não quilometros de asfalto e nenhuma UBS, por exemplo. De quebra, a eleição de prefeituras e de uma vereança de esquerda reduz a corrupção em todas as esferas de poder. 

Nos municípios geridos pela esquerda, vemos a diminuição da violência política, que acaba com amizades, destrói famílias e enseja crimes bárbaros. É a oportunidade de acalmar os ânimos e fazer com que não haja mais vítimas como Moa do Katendê, assassinado em Salvador, ou Marcelo Arruda, assassinado em Foz do Iguaçu. Pessoas que deixaram um imenso vazio para suas famílias, amigos e para toda a comunidade, que devem ser relembradas sempre, com vistas a construir um futuro que não comporte mais essas tragédias.

É nas cidades também, que a população têm contato com programas sociais que mudam vidas. Com isso, a fantasia do ultraliberalismo vendida por influencers e por partidos de direita perde força, e a solidariedade recrudesce como prática política e social. Nada melhor do que ver a filha da vizinha recebendo Bolsa Atleta, ou ter acesso gratuito à bombinha para asma na Farmácia Popular, para entender que o “tigrinho” é uma ilusão e que para transformar a realidade é preciso investimento público e muito trabalho coletivo.

Se a eleição nacional muda a cara do país, as eleições municipais são a chance perfeita de mudar o coração. É nas cidades em que as pessoas vivem. É lá que a política está mais perto de cada um. É na cidade que a política pública deixa de ser projeto e se torna dia a dia da população. 

Eleger prefeitas, prefeitos, vereadoras e vereadores progressistas, aumenta o nível do debate político, concretiza o projeto de vida da esquerda e transforma, de fato, a sociedade. 

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Lula endurece pena para criminosos ambientais autores de incêndios ilegais https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/09/24/lula-endurece-pena-para-criminosos-ambientais-autores-de-incendios-ilegais/ https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/09/24/lula-endurece-pena-para-criminosos-ambientais-autores-de-incendios-ilegais/#respond Tue, 24 Sep 2024 12:56:31 +0000 https://bemnavidadaspessoas.com.br/?p=3412 Na última sexta-feira, 20, o presidente Lula assinou o Decreto 12.189, que aumenta as sanções a quem for pego ateando fogo de maneira ilegal. A medida visa pôr fim aos crimes ambientais que vêm sendo cometidos há meses: incêndios ilegais de proporção trágica que atingem todos os biomas do País.

O Decreto amplia os embargos ambientais, ou seja, antes eram apenas casos de desmatamento não autorizado de vegetação nativa, agora abrange também queima não autorizada, ou seja, aumenta as penas de prisão e as multas impostas aos que forem pegos ateando fogo a plantações e áreas de vegetação em geral. As penas impostas irão de 5 a 10 anos de cadeia e as multas atingirão de 3 mil até 10 mil reais por hectare destruído, dependendo do tipo de vegetação: plantações e pastagens, florestas cultivadas, florestas ou vegetação nativa.

No mesmo sentido, o Decreto ainda penaliza os proprietários que não adotarem medidas de prevenção ou combate aos incêndios. Os donos de imóveis rurais que se enquadrarem nesses casos serão penalizados com multas que vão de 5 mil a 10 milhões de reais. Caso os incêndios ocorram ou atinjam Terras Indígenas, a multa dobrará. 

Além do aumento de penas e multas, novas punições foram anunciadas

As novas infrações ambientais criadas pelo Decreto foram: não reparar, compensar e/ou indenizar danos ambientais. A não realização dessas medidas pode render multas de até 50 milhões de reais aos criminosos.

O combate ao fogo conta com ainda mais uma ferramenta, a Medida Provisória nº 1.259. O texto estabelece colaboração financeira da União para os estados e Distrito Federal no combate ao fogo, ainda que estejam em situação de irregularidade ou pendência fiscal, trabalhista ou previdenciária. Para acessar o recurso extraordinário, é necessário que a unidade federativa esteja em estado de calamidade pública ou situação de emergência e terão validade durante a vigência dessas situações. 

A situação é crítica

De acordo com o sistema BDQueimadas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), no último domingo, dia 22, o Brasil registrou 1.943 focos de incêndio, sendo a maior parte deles, 61,6%, na Amazônia, com destaque para o estado de Mato Grosso com 547 focos. 

Contudo, os outros biomas não estão a salvo. Até ontem, 22, o Cerrado possuía 397 focos de incêndio e o Pantanal 174. Somente o Pampa estava livre das queimadas. Até agora, foram contabilizados 72.962 focos de incêndio somente em setembro e a pior estiagem dos últimos 44 anos dificulta ainda mais o combate ao fogo. 

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Eleições Municipais: a importância de não eleger candidaturas que defendem o fascismo https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/09/10/eleicoes-municipais-a-importancia-de-nao-eleger-candidaturas-que-defendem-o-fascismo/ https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/09/10/eleicoes-municipais-a-importancia-de-nao-eleger-candidaturas-que-defendem-o-fascismo/#respond Tue, 10 Sep 2024 17:39:42 +0000 https://bemnavidadaspessoas.com.br/?p=3393 Uma tragédia sem precedentes afetou grande parte dos municípios gaúchos no início deste ano. As enchentes levaram a vida de dezenas de brasileiros e também casas, animais, plantações e bens. O desastre criou uma corrente de solidariedade que mobilizou artistas, médicos, veterinários e pessoas de todas as classes sociais de Norte a Sul do Brasil. 

Contudo, o uso político dessa imensa tragédia revelou que a ultradireita não tem escrúpulos. Diversos municípios geridos por prefeitos bolsonaristas atuaram contra a própria população, boicotando os programas emergenciais do governo federal. Em 11 de maio, por exemplo, 375 dos 445 municípios em estado de calamidade no Rio Grande do Sul não haviam solicitado ao governo federal os recursos destinados à compra de água, combustível, comida e colchões destinados a socorrer desabrigados. 

Esse é o primeiro dos motivos que revela a necessidade urgente de eleger candidatos e candidatas que priorizem a população acima de disputas políticas, que tenham um projeto político consistente e saibam como gerir um município.

 

Candidatos fascistas às prefeituras imitam parlamentares da Câmara dos Deputados 

 

O segundo motivo é um exemplo que vem da Câmara dos Deputados. Não é segredo que a Casa presidida por Arthur Lira vive em pé de guerra contra o governo federal por mais verbas para gastar.

Herança de Bolsonaro, o Orçamento Secreto deu poder aos deputados para fazer jorrar obras, muitas vezes absurdas, em suas bases eleitorais, às custas de políticas públicas que beneficiariam todo o País.

Sempre antes de votações importantíssimas para o Estado, parlamentares pressionam o governo por cargos e benesses. É quase como a cobrança de um pedágio para deixar o Brasil funcionar. 

Um tipo de conduta que obriga o governo a sacrificar grande parte de seus planos buscando construir a governabilidade. 

 

O voto em palhaços destrói a democracia

 

O terceiro motivo é o voto em candidatos que se dizem apolíticos, ou gestores ou ricos que sabem o que fazem.

Sem conhecer a administração pública e com um compromisso maior com os amigos financiadores de campanha do que com as cidades, esse tipo é historicamente responsável por atrocidades contra a coisa pública.

Superfaturamentos, licitações viciadas, entrega de postos chave da prefeitura a pessoas com interesses comerciais contrários ao serviço público dentre outras aberrações são comuns.

Ao sair, costumam deixar as prefeituras em péssimo estado financeiro e obras faraônicas paralisadas, juntando ratos e comendo o erário.

 

O futuro é agora e exige responsabilidade dos eleitores e eleitoras

 

Na eleição deste ano, a população terá oportunidade de eleger prefeitas ou prefeitos e uma câmara de vereadores em cada um dos mais de 5.500 municípios brasileiros. Políticos capazes de, em parceria com o governo federal, levar programas como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Programa de Aquisição de Alimentos, Farmácia Popular, entre tantos outros, para as suas cidades.

O Brasil, e os brasileiros, precisam se beneficiar das políticas públicas elaboradas pelos melhores especialistas. Isso só se faz com prefeituras e vereadores comprometidos com fazer com que esses programas cheguem nas cidades, por mais distantes que estejam dos grandes centros. 

A exemplo da Câmara dos Deputados, é preciso eleger legisladores comprometidos com o projeto das cidades. A saída para cidades mais inclusivas, acolhedoras e boas pra se viver é eleger prefeitas e prefeitos progressistas e vereadoras e vereadores que governem no interesse do desenvolvimento e do bem-estar da população.  

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Comitê Popular da Caixa cria canal no WhatsApp https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/07/28/comite-popular-da-caixa-cria-canal-no-whatsapp/ https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/07/28/comite-popular-da-caixa-cria-canal-no-whatsapp/#respond Sun, 28 Jul 2024 14:58:50 +0000 https://bemnavidadaspessoas.com.br/?p=3373 Venha para o Canal de Zap do Comitê da Caixa! e saiba, em primeira mão, das nossas publicações e ações nas redes e nas ruas.

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Coragem e compromisso: Gerentes que alertaram sobre negócio com Banco Master devem ser protegidos https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/07/24/coragem-e-compromisso-gerentes-que-alertaram-sobre-negocio-com-banco-master-devem-ser-protegidos/ https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/07/24/coragem-e-compromisso-gerentes-que-alertaram-sobre-negocio-com-banco-master-devem-ser-protegidos/#respond Wed, 24 Jul 2024 20:05:01 +0000 https://bemnavidadaspessoas.com.br/?p=3367 Um investimento previsto para alcançar até R$ 1 bilhão em títulos do Banco Master por parte da Caixa Asset (subsidiária integral do banco) gerou forte repercussão, levantou dúvidas sobre o benefício da operação e colocou em evidência o compromisso de dois gerentes da área.
Isso porque dois gestores com perfil técnico do banco, emitiram um parecer desaconselhando a operação que consideraram “atípica” e “arriscada”.

A operação previa a compra de R$ 500 milhões em letras financeiras pela Caixa Asset, braço de gestão de investimentos da Caixa, e os outros R$ 500 milhões seriam, segundo a imprensa, oferecidos diretamente à Tesouraria da Caixa, totalizando o valor de R$ 1 bilhão.
Após a recusa, os gerentes foram destituídos de seus cargos, o que gerou ainda mais questionamentos sobre a condução da operação. A Caixa ainda não anunciou a investigação das questões apontadas pelos gerentes e nem admitiu a possibilidade de retaliação na dispensa dos funcionários.

Estabilidade, coragem e compromisso

O relatório de 19 páginas elaborado pelos gerentes destituídos alertou para os riscos envolvidos na compra dos títulos do Banco Master. Segundo o documento, revelado pela Coluna da jornalista Malu Gaspar no jornal O Globo, a operação era “atípica” não apenas pelo alto valor (R$ 500 milhões), mas também pela classificação de risco do Banco Master, considerada “média” (BB+) pela Caixa.

A operação causou estranhamento não só aos gerentes, mas à imprensa e aos próprios funcionários da subsidiária. A ação demonstra o forte compromisso dos dois gerentes com o banco e a consciência do papel da Caixa para o Brasil. Esse deve ser o guia para o trabalho de qualquer funcionário que lide com a coisa pública.

Apuração começa por investigação do TCU

Nenhuma ação concreta no sentido de apurar os fatos foi divulgada pela Caixa até agora. Não se tem notícias de investigação interna pelo Conselho de Ética ou pela Corregedoria, diante da repercussão negativa.

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) abriu investigação para apurar o caso. A Caixa ainda não se pronunciou oficialmente sobre a ação do órgão, mas ao que tudo indica, ela seguirá.

Entre os funcionários da Caixa, o resultado mais aguardado é a possível recolocação dos colegas em seus cargos, caso comprovada a discordância como motivação da dispensa.

É fundamental garantir o acolhimento e proteção dos empregados do banco que, num ato de coragem e resistência, cumpriram seu papel de agentes públicos ao manifestarem sua opinião técnica a respeito da operação.

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Diminuição do atendimento aos clientes – Sem entregar avanços consistentes na área digital, Caixa anuncia fechamento de agências https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/07/13/diminuicao-do-atendimento-aos-clientes-sem-entregar-avancos-consistentes-na-area-digital-caixa-anuncia-fechamento-de-agencias/ https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/07/13/diminuicao-do-atendimento-aos-clientes-sem-entregar-avancos-consistentes-na-area-digital-caixa-anuncia-fechamento-de-agencias/#respond Sat, 13 Jul 2024 20:32:42 +0000 https://bemnavidadaspessoas.com.br/?p=3358 Aposentados e pensionistas, beneficiários de programas sociais, clientes que abriram contas recentemente, esse é o público que mais sentirá falta das 128 agências que a Caixa pretende fechar este ano. Grupos socialmente vulneráveis, com pouco letramento digital e que terão que percorrer distâncias maiores para conseguir o atendimento presencial necessário às suas particularidades. 

O anúncio foi feito pelo banco durante a primeira mesa de negociação entre a Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários no âmbito da Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2024, e suscitou uma série de preocupações do Comando Nacional. Composto por diversas entidades representativas de bancários de todo o país, o Comando – como é chamado –  focou em garantir que empregadas e empregados não sofressem prejuízos com o fechamento das agências. 

Empregados remanejados, clientes abandonados

Os representantes dos empregados conseguiram garantias da Caixa em relação ao tema: a manutenção da função e da remuneração; aos que serão transferidos, a Caixa garantiu uma posição em agências próximas às que forem fechadas e o remanejamento para empregados que desempenham as funções de caixa, tesoureiro, avaliador de penhor e gerente PJ para agências próximas às fechadas.  

Contudo, para a população acostumada às agências a mudança para as agências digitais promete causar problemas imensos. Sem conhecimento para a utilização de sites e aplicativos, diversos grupos que antes iam às agências físicas ficarão reféns do atendimento ao cliente pelo telefone, e serão presas fáceis para golpistas digitais. 

A progressiva transferência dos atendimentos em agências físicas para a internet não funciona na Caixa como em outros bancos. Pelo seu perfil de clientes, a Caixa precisa manter postos de atendimento físicos, como mostram as imensas filas no início dos pagamentos do Programa Pé-de-Meia, e as mais recentes filas para o recebimento de benefícios para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Postos de atendimento que já contavam com menos funcionários do que o necessário para um atendimento digno à população e para evitar a sobrecarga dos empregados que se desdobram em muitos para dar conta da demanda.

Área de TI muito aquém do que a Caixa precisa e do que a população merece

 A sensação de falta de planejamento da atual presidência persiste. Ao buscar transferir clientes de 128 agências físicas para agências digitais esperava-se um incremento na estrutura de TI do banco. 

Porém, a TI da Caixa parece mais sem rumo do que nunca: problemas que afetaram os clientes durante a declaração de imposto de renda, aplicativos muitas vezes instável e as desastrosas declarações de um consultor durante o evento da Febraban Tech.

Uma somatória de problemas que se não resolvidos poderão desestruturar ainda mais uma área que precisa de investimento de recursos, humanos e financeiros. A escolha de um consultor para falar no principal evento de tecnologia bancária do ano mostra a desvalorização da “prata da casa”, funcionários com anos de Caixa, altíssimo nível técnico e um comprometimento que gera frutos de tão boa qualidade quanto o desenvolvimento de um aplicativo para o pagamento do Auxílio Emergencial em pouquíssimo tempo.

Essa desorganização têm um custo alto para a Caixa, para os empregados e para a sociedade. Frente ao descaso, não é de se estranhar que muitos apostem que esse nível de sucateamento antecede uma tentativa de privatização da área. Afinal, desde o final de 2023, quando assumiu a presidência do banco, Carlos Vieira assumiu que a aproximação com as fintechs seria um dos pilares de sua gestão

Está faltando à Caixa uma gestão que se preocupe mais com a própria Caixa, e com todo o seu ecossistema, do que com prestar contas a um grupo político que sequer tem dado sustentação ao controlador da Caixa, o governo federal. 

 

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700 dias do escândalo de assédio sexual e moral na Caixa: Justiça silencia e Pedro Guimarães segue impune https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/06/29/700-dias-do-escandalo-de-assedio-sexual-e-moral-na-caixa-justica-silencia-e-pedro-guimaraes-segue-impune/ https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/06/29/700-dias-do-escandalo-de-assedio-sexual-e-moral-na-caixa-justica-silencia-e-pedro-guimaraes-segue-impune/#respond Sat, 29 Jun 2024 14:30:41 +0000 https://bemnavidadaspessoas.com.br/?p=3354 “Desculpe, mas não vou me envolver mais nisso não. Me expus à toa”, foi assim que uma das vítimas de Pedro Guimarães reagiu a um pedido de entrevista do Comitê Popular em Defesa da Caixa sobre os dois anos após as denúncias do escândalo de assédio sexual e moral contra o ex-presidente e que mancharam a reputação do banco. 

Tal frustração é compartilhada por outras vítimas de assédio moral e sexual que se juntaram para denunciar à imprensa e à justiça os desmandos do então presidente. O escândalo na Caixa ficou conhecido nacionalmente pela coluna de Rodrigo Rangel no Metrópoles e causou indignação não só aos colegas e bancários, mas a toda a sociedade. A visão de um presidente de banco público agindo de forma escabrosa  tomou os noticiários e enojou a sociedade. Contudo, a falta de resultados concretos após dois anos da denúncia desanimou as vítimas e gerou uma sensação de impunidade para todos que acompanham o caso.

As medidas tomadas após a queda de Pedro Guimarães

Alguns marcos ocorreram após o escândalo de assédio e o posterior pedido de demissão de Pedro Guimarães. Ele se tornou réu e passou a responder criminalmente pelas denúncias de assédio. O processo tramita em sigilo na Justiça Federal, portanto não é possível conhecer seu andamento. 

Outra ação também foi movida, mas pela própria Caixa. Ao final de 2023, o banco público pediu na justiça que o ex-presidente condenado por obrigar um funcionário a comer pimenta devolvesse do próprio bolso os valores pagos pela Caixa ao trabalhador a título de indenização. Mas não é só, o banco pediu ainda a devolução de seis iPhones (ou o pagamento do valor deles) e o ressarcimento de R$10 milhões pagos pela instituição a título de dano moral coletivo. 

Além disso, a penalização mais recente a Pedro Guimarães foi a censura por “constatada infração ética” e “denúncias de condutas ilícitas praticadas contra empregadas” aplicada pela Comissão de Ética Pública da Presidência no dia 22 de março de 2024. 

Em janeiro deste ano, o Ministério Público e a Caixa firmaram um termo de ajustamento de conduta (TAC) que deveria trazer vantagens às vítimas de Pedro Guimarães. De acordo com o documento, as vítimas do então presidente teriam o tempo de experiência em funções gratificadas aumentados para os processos seletivos internos. A medida visa beneficiar aquelas e aqueles que foram perseguidos durante a gestão de Guimarães. Contudo, há relatos de que tal medida acabou expondo ainda mais essas pessoas, tornando-as “marcadas” frente aos colegas. 

O que o futuro ainda reserva?

O fato é que, passados dois anos, Pedro Guimarães ainda não foi punido. A Fenae entregou à Caixa, uma carta-compromisso sugerindo diretrizes a serem adotadas daqui em diante.

Entre elas, está a realização de diagnósticos, avaliações e treinamentos constantes, o aprimoramento de canais de denúncias e ouvidoria, investigação e punição de atos de assédio e a promoção de ações de inclusão.

A distância entre o escândalo, as denúncias e a punição a Pedro Guimarães desanima as vítimas e gera uma sensação de impotência frente ao sofrimento passado. Essa demora causa um sentimento de impunidade tanto para as vítimas, quanto para a sociedade, além de encorajar agressores que ainda não tenham sido denunciados a continuar com suas práticas. 

Marcar esses dois anos das denúncias é uma forma ativa de dizer que não nos esqueceremos e que seguimos nos mobilizando por justiça. Com a palavra o Judiciário brasileiro.

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Governo federal apresenta ações de enfrentamento à questão climática e abre espaço para atuação da Caixa https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/06/07/governo-federal-apresenta-acoes-de-enfrentamento-a-questao-climatica-e-abre-espaco-para-atuacao-da-caixa/ https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/06/07/governo-federal-apresenta-acoes-de-enfrentamento-a-questao-climatica-e-abre-espaco-para-atuacao-da-caixa/#respond Fri, 07 Jun 2024 14:22:01 +0000 https://bemnavidadaspessoas.com.br/?p=3346 O Dia do Meio Ambiente, comemorado anteontem (05), foi escolhido pelo governo Federal para apresentar uma série de ações que visam combater os efeitos das mudanças climáticas. Com Lula ao seu lado no Palácio do Planalto, a ministra do Meio Ambiente  e Mudança do Clima Marina Silva relembrou a tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul, mas também as tragédias causadas pela seca no Pantanal e pelo desmatamento na Amazônia. 

A preocupação em não citar apenas “o problema da vez” demonstra um compromisso real não só com os efeitos, mas também com as causas das mudanças climáticas. E mais, demonstra uma preocupação com os ecossistemas e biomas do País e com os cidadãos que vivem em cada um deles. 

Gestão antecipada de risco busca evitar tragédias mesmo com a intensificação do clima

“Estamos vendo agora as chuvas no RS e os efeitos da chuva, vamos ver a estiagem na Amazônia e no Pantanal”, apontou a ministra em sua fala no evento. Esse breve apanhado das principais questões a serem enfrentadas esse ano mostra um olhar que busca antever o futuro e prevenir tragédias humanas, ainda que em cenários de desastre ambiental. 

O acirramento das chuvas, das secas, do calor e do frio são consequências esperadas das mudanças climáticas, porém, pela primeira vez na década de 2020, o governo brasileiro volta seus olhos para a questão. Seus olhos e seus esforços. Foram anunciados 8 decretos, contratações e ações do governo federal para o enfrentamento às questões climáticas:

  • Programa Cidades Verdes: alterações no projeto para atender melhor às cidades e regiões metropolitanas com vulnerabilidade social e climática;
  • Pacto pela Prevenção e Controle de Incêndios: agregando governadores de estados do Pantanal e da Amazônia;
  • Criação da Reserva de Vida Silvestre do Sauim-de-Coleira no Amazonas
  •  Criação do Monumento Natural das Cavernas de São Desidério (BA);
  • Criação do Programa Nacional de Conservação e Uso Sustentável dos Manguezais;
  • Criação da Estratégia Nacional de Bioeconomia;
  • Alteração da  Lei de Gestão de Florestas Públicas: que permitirá a comercialização de créditos de carbono estimulando o reflorestamento;
  • Atualização do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima;
  • Nomeação de 98 analistas ambientais para atuação no Ministério do Meio Ambiente e seus órgãos;
  • Democratização do Plano Clima na plataforma do Brasil Participativo permitindo a participação da população sobre as questões ambientais;
  • Protocolo de intenções entre ministérios do Meio Ambiente e das Mulheres para a implementação da Política Nacional de Clima, Justiça Climática e Participação das Mulheres nas Políticas Ambientais;
  • Protocolo de intenções entre Ministério do Meio Ambiente e Ipea para mútua implementação e monitoramento de políticas e medidas para o enfrentamento da mudança do clima;
  • Protocolo de intenções entre ministérios do Meio Ambiente, Agricultura e Embrapa para pesquisa e inovação;
  • Criação de assessoria extraordinária para a COP 30.

Racismo ambiental existe e é perverso

“A tragédia climática no Rio Grande do Sul trouxe sofrimento para milhares de famílias, sobretudo as mais pobres, as que vivem em condições precárias de moradia e são sempre as principais vítimas das catástrofes climáticas”, afirmou Marina Silva. 

Essa forma desigual que as catástrofes atingem ricos e pobres, e o recorte racial possível de ser visto entre os mais prejudicados são chamados de racismo ambiental.  

Pessoas que vivem nas áreas mais pobres e degradadas das cidades, em situação de risco de deslizamentos, enchentes e outros problemas acentuados pelo clima, são geralmente negras, indígenas, migrantes, entre outras comunidades vulneráveis socialmente. 

Em suas redes sociais, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Sílvio Almeida, explicou: “O conceito de racismo ambiental há décadas é objeto de estudos científicos. Ele visa a explicar a forma com que as catástrofes ambientais e a mudança climática afetam de forma mais severa grupos sociais política e economicamente discriminados que, por esse motivo, são forçados a viver em condições de risco”. 

Como a Caixa pode atuar

A Caixa é a maior fornecedora de crédito imobiliário do País. Além disso, é responsável pela gestão do maior programa social de moradia já criado, o Minha Casa Minha Vida. Logo, ao pensar na inserção da Caixa no cenário das mudanças climáticas vem a ideia de que a Caixa poderá atuar mais incisivamente em mudanças na construção civil, tanto no sentido de fomentar construções ecologicamente mais corretas, quanto no trabalho com entidades, prefeituras e governos para a remoção de famílias de áreas de risco. 

Contudo, a Caixa pode ainda mais. A bioeconomia abre um campo infinito de possíveis investimentos com o financiamento do Fundo Socioambiental da Caixa. O incentivo financeiro a projetos sustentáveis está disponível à população desde 2010, ano da sua criação. Porém, segundo críticas dos próprios empregados, vem sendo usado muito aquém do que poderia. 

Em 2023 foram apenas 3 chamamentos para propostas de projetos a serem financiados pelo fundo. Em junho de 2024, apenas dois, sendo o segundo motivado pela tragédia no Rio Grande do Sul. Durante o período referido, a Caixa disponibilizou R$ 193 milhões para os projetos. 

Talvez em breve seja possível um investimento até maior, mas para tanto, a Caixa precisa trabalhar em um publicização maior do fundo, abrir mais oportunidades para empreendedores sociais e ter mais transparência na aplicação nos projetos. 

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Adiamento de concurso: questionamento do MPF mostra deficiência da Caixa na articulação com sociedade https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/05/20/adiamento-de-concurso-questionamento-do-mpf-mostra-deficiencia-da-caixa-na-articulacao-com-sociedade/ https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/05/20/adiamento-de-concurso-questionamento-do-mpf-mostra-deficiencia-da-caixa-na-articulacao-com-sociedade/#respond Mon, 20 May 2024 14:52:42 +0000 https://bemnavidadaspessoas.com.br/?p=3312 Frente a tragédia climática ainda em curso no Rio Grande do Sul (RS), a Caixa decidiu adiar a prova do Concurso Caixa 2024 para os candidatos do estado. Porém, a mudança foi feita de forma açodada e acabou desagradando candidatos do estado e do resto do País. Uma situação que se tornou tão insustentável que o Ministério Público Federal (MPF) teve que intervir, questionando a Caixa sobre a fundamentação das mudanças realizadas.

Em nota no site, o órgão afirmou que pediu explicações à Caixa  com o objetivo de saber se o cancelamento da prova somente nos municípios gaúchos não afetaria a isonomia entre os candidatos na disputa. E exigiu uma resposta em até 48h contados do dia 13 de maio, que não foi divulgada.

Novas mudanças, mais incertezas

No último dia 16, a Caixa publicou no Diário Oficial da União que os candidatos do Rio Grande do Sul poderão solicitar o reembolso da taxa paga na inscrição do certamente até o domingo, dia 19 de maio. No mesmo documento, a Caixa ainda informou que os candidatos do RS que quiserem realizar a prova na data original do concurso – 26 de maio – poderão alterar a cidade de realização da prova. Aos candidatos que querem realizar a prova em nova data, ainda não houve um direcionamento.

A falta de uma resolução ampla, que abarque todos os envolvidos, e a divulgação de alterações aos poucos têm causado ambiguidades aos candidatos, sobretudo aos atingidos pela situação de calamidade. 

Um abaixo-assinado, que já conta com mais de 11 mil assinaturas, pede à Caixa o adiamento da prova para todos os inscritos de qualquer parte do País. “É uma questão de justiça e equidade garantir que todos os candidatos tenham a mesma oportunidade de participar deste importante processo seletivo e que seja mantida a lisura e segurança da prova. Portanto, apelamos à sensibilidade das autoridades para adiar este concurso até que a situação seja normalizada e todos possam participar em condições iguais”, afirma a petição.

Outros concursos adiados

O Concurso Nacional Unificado também foi adiado por causa da tragédia no estado gaúcho. Contudo, o governo federal achou por bem adiar a prova para todos os candidatos mantendo a isonomia e a paridade de informações e condições. 

Na data, a ministra da Gestão, Esther Dweck, informou que a ideia é manter a mesma prova que deverá ser aplicada em uma data futura quando o estado já estiver recuperado. Ao G1 Esther Dweck afirmou: “… nas próximas semanas, a gente poderá divulgar uma nova data, mas nesse momento, toda a questão logística envolvida com a prova não nos permite, hoje, divulgar uma nova data com segurança”.

Apesar do inconveniente, o adiamento para todos os participantes não coloca nenhum em situação desfavorável. Um direito que defendemos para os nossos futuros colegas. 

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O que está por trás do mercado das apostas? Jogos? Bets e Loterias? https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/04/08/o-que-esta-por-tras-do-mercado-das-apostas-jogos-bets-e-loterias/ https://bemnavidadaspessoas.com.br/2024/04/08/o-que-esta-por-tras-do-mercado-das-apostas-jogos-bets-e-loterias/#respond Mon, 08 Apr 2024 13:04:12 +0000 https://bemnavidadaspessoas.com.br/?p=3232 Em dezembro de 2023 foi sancionada a Lei 14.790, que regulamenta o mercado de apostas no Brasil. Desde então os Bets vêm ocupando uma parcela considerável da mídia tradicional e online e arrebanhando artistas e influenciadores digitais para propagandear seus supostos benefícios. Contudo, especialistas apontam que os jogos online vem trazendo imensos problemas. 

 

Em sua coluna para a Vida Simples, Thiago Godoy – mestre pela FGV-SP com foco em endividamento – alertou: “Esses jogos, envolvidos em marketing multimilionário com celebridades e megainfluenciadores, vão além do entretenimento. Relatos alarmantes destacam pessoas perdendo todo o seu salário, inclusive vendendo bens para apostar”.

Os crimes por trás dos Bets

 

Porém, os problemas não ocorrem apenas em nível individual ou familiar. Um exemplo disso é o Relatório Final da CPI das Apostas, de autoria do deputado federal Felipe CArreras (PSB/PE) que mostrou um grande esquema de corrupção nos Futebol e recomendou: “O controle do Estado sobre essas atividades, portanto, é fundamental para assegurar a lisura dos jogos, a segurança dos apostadores e correta arrecadação de impostos”. 

 

E ainda há outras preocupações gravíssimas tais como a utilização dos Bets na lavagem de dinheiro do crime organizado e de milícias e a criação de esquemas de pirâmide financeira com a fachada de Bets, entre outros.

 

Loteria, aposta que vira benefício

 

A Loteria, por outro lado, tem repercussões diferentes. Grande parte do dinheiro arrecadado e gerido pela Caixa Econômica Federal é revertido não só em prêmios para os ganhadores, mas também em benefícios para a população. 

 

Além da confiabilidade da Caixa, que jamais foi acusada de dar “calote” em apostadores, como já ocorreu com os Bets brasileiros  em pouquíssimo tempo de atividade, a Loteria fomenta políticas públicas. 

 

Somente em 2023, a Loteria foram quase R$ 11 bilhões em investimentos para as áreas de  Esportes, Seguridade Social, Cultura, Segurança Pública, Saúde e Educação.  

 

Risco de privatização pode deixar Brasil sem as verbas da Loteria

 

Contudo, esse benefício está em risco. Conforme denunciou o atual representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal, Antônio Messias Rios Bastos, a nova presidência do banco público pretende privatizá-la. 

 

Para tanto, já estuda o deslocamento da gestão da Loteria para uma subsidiária, algo que deve ser debatido e votado na próxima reunião do conselho. Esse, conforme apontam especialistas, é o primeiro passo para uma privatização da área sem a necessidade de passar pelo crivo do Congresso Nacional. Uma posição que mobiliza os empregados, sindicatos, associações e parlamentares contra a medida. 

 

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